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Cliente demais nem sempre faz bem à saúde

Um mercado que cresceu quatro vezes mais que o número de leitos hospitalares em 2011 e que precisa de mais credenciados para se adequar às normas do setor. Este é o novo cenário para os planos de saúde, que infelizmente não é acompanhado pelo crescimento do setor de prestação de serviços. Será que as operadoras, hospitais, clínicas e laboratórios estão preparados para o boom de crescimento da classe média? Será possível a manutenção deste crescimento em razão do atendimento precário a que os beneficiários vêm se submetendo? As diversas reclamações de beneficiários indicam o contrário. Não faz muito tempo, o Jornal Nacional exibiu reportagem em que demonstrava a grande quantidade de pacientes à espera de atendimento junto a quatro hospitais particulares na cidade de São Paulo. As imagens demonstraram uma visível e impactante lotação, cujo resultado não podia ser outro, senão, a falta de um bom atendimento. Na mídia social uma amiga revela muito aborrecida que não adianta manter um contr

Reembolso - Paciente contra operadora

A assistente social Maria, 59, passou por uma cirurgia no início de 2010 para corrigir a tíbia e um problema no joelho. Por considerar o procedimento delicado, optou por um médico de sua confiança, que não fazia parte do convênio dela, o SulAmérica. Ao pedir reembolso ao plano, apesar de saber que ele não seria integral, surpreendeu-se quando recebeu R$ 5 mil -22% do que pagou pelo procedimento (R$ 22 mil). Segundo a SulAmérica, a explicação de como chegou ao valor é clara e está no contrato. Aplicou a fórmula: "quantidade de US x valor da US x Múltiplo de Plano". "US" é abreviação de "Unidade SulAmérica". O que isso significa em reais, no entanto, a família (que pediu para ter o sobrenome preservado) nunca soube. Contratos com fórmulas confusas para determinar o reembolso são comuns entre as operadoras de saúde. Por lei, as empresas são obrigadas a colocar em contrato essas informações. Mas, em vez de pôr o valor, recorrem às fórmulas -já que cada plano/

Com boom de clientes de planos de saúde, espera cresce em hospitais

Com dores na coluna, a analista Isabel Cristina Pires, 28, esperou cinco horas para fazer raio-X e tomar medicação no Hospital São Luiz (na zona sul de São Paulo).   Durante esse tempo, contou 30 pessoas de pé, uma deitada no chão e outras cinco em cadeiras de roda à espera de atendimento. "Para que pagar plano de saúde caro? Para ser tratada em um hospital conceituado como paciente do SUS?", diz.   Do outro lado da cidade, na zona leste, a aposentada Zenaide Muniz, 78, ficou oito horas aguardando leito de internação. Só foi para o quarto após a filha ameaçar armar um barraco no hospital da operadora GreenLine, que disse que prestou todo o atendimento.   Cenas assim, comuns em hospitais públicos, têm se tornado cada vez mais frequentes em unidades privadas da capital paulista, que trabalham com taxa de ocupação máxima, de 95%. O ideal seria até 85%, para evitar a falta de leitos para urgências.   Elas são só um exemplo das dificuldades que usuários de planos têm enfre

As armadilhas dos planos de saúde

Publicado em: 15/07/2012 20:05:30 Veja - 15/7/12   A EXPLOSÃO DOS PLANOS: Na última década, a quantidade de clientes dos planos de saúde cresceu em ritmo acelerado. Hoje, quase 50 milhões têm algum tipo de cobertura particular. Desde 2007, 10 milhões de brasileiros contrataram planos particulares que nem sempre entregam o que prometem. Por isso, o governo puniu 268 deles. Nada preocupa mais os brasileiros do que a saúde. Ao menos desde 2008, a questão ocupa o primeiro lugar no ranking das aflições nacionais. à frente de assuntos não menos tormentosos, como educação e segurança. Assim, é natural que, com a estabilidade da economia e o aumento da renda da população, os brasileiros tenham saído em disparada na busca pela contratação de planos de saúde particulares. Só nos últimos cinco anos, 10 milhões de pessoas fugiram do sistema público para comprar um plano privado. Hoje, um em cada quatro brasileiros tem um convênio particular - é um contingente de quase 50 milhões de pessoas, o e

NOVA REGRA PARA DEMITIDOS E APOSENTADOS – VANTAGEM ÀS EMPRESAS.

Entra hoje em vigor a Resolução Normativa n.º 279/11, da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, que atualiza a regulamentação dos artigos 30 e 31 da Lei n.º 9.656/98. Referida resolução trata do direito dos demitidos e aposentados de permanecerem, após o rompimento do vínculo empregatício, no plano de saúde empresarial de que faziam parte e contribuíam financeiramente quando da vigência do contrato de trabalho. Entre as novidades, destacam-se: a) Possibilidade de optar pelo benefício, ainda que o ex-empregado não esteja contribuindo para o plano no momento do desligamento; b) Opção pela manutenção do grupo familiar ou parte dele no benefício; c) Mensalidade definida e cobrada por faixa etária; d) Contribuições realizadas às operadoras anteriores e para empresas submetidas a processos de fusão e aquisição são consideradas para contagem do tempo de benefício; e) Entre outros. A principal mudança, no entanto, refere-se à possibilidade das empresas optarem pela separação dos

Plano de saúde deve informar a cada cliente o descredenciamento de médicos e hospitais

DECISÃO Operadoras de planos de saúde têm a obrigação de informar individualmente a seus segurados o descredenciamento de médicos e hospitais. O entendimento é da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao julgar recurso interposto pela família de um paciente cardíaco que, ao buscar atendimento de emergência, foi surpreendido pela informação de que o hospital não era mais conveniado. Seguindo o voto da relatora, ministra Nancy Andrighi, a Turma restabeleceu a decisão de primeiro grau que condenou a Associação Auxiliadora das Classes Laboriosas a indenizar a esposa e a filha do paciente, que faleceu. Na ação de indenização, a família narrou que levaram o parente a hospital no qual ele já havia sido atendido anteriormente. Entretanto, a associação havia descredenciado o hospital sem aviso prévio individualizado aos segurados. O doente e sua família foram obrigados a arcar com todas as despesas de internação, que superaram R$ 14 mil, e ele faleceu quatro dias depois. N

Convênios driblam a lei e dobram fatura de idosos

Pagar o convênio médico todos os meses tem se tornado uma enorme dor de cabeça para os consumidores que se aproximam dos 60 anos de idade. Na tentativa de aproveitar brechas na legislação – o Estatuto do Idoso proíbe o reajuste de mensalidades para pessoas com mais de 60 anos –, operadoras de planos de saúde estão aumentando em até 130% o valor dos planos dos clientes com 59 anos. Sem ter como pagar e indignados com o procedimento, essas pessoas acabam perdidas na hora de protestar e reverter o reajuste.  Foi o que aconteceu com a professora Marilene Alves de Mattos, de 59 anos, cliente da SulAmérica por quase 20 anos. No mês de janeiro, ela recebeu o boleto do seu plano de saúde normalmente. Porém, um detalhe lhe chamou a atenção: a fatura deveria ser de R$ 432,11, mas apresentava novo valor, R$ 1.001,71 – um aumento de 131,59%. Ao entrar em contato com a empresa, a cliente foi informada que por ser o mês do seu aniversário, o seu plano sofrera um reajuste.  “Tentei argumentar de toda